Severo I (em aramaico: Sewerios ) teve papel importante na definição e orientação da Igreja de Antioquia. Sua formação foi definida num mosteiro em Trípoli na Fenícia (atual Líbano) com um profundo senso espiritual. Viajou para Alexandria, no Egito e lá também morou e estudou em um mosteiro. Além de passar seu tempo em estudo, dedicou também muito tempo em devoção e contemplação e quando foi servir em
Antioquia, seguiram-no duzentos monges de diversas regiões da África, principalmente egípcios. Em 512 foi coroado patriarca de Antioquia.
Defendia as idéias de Dióscoro (Diosqoros, em aramaico) com uma retórica e lógica incomparáveis. Em 518, o novo imperador, Flaviano, intimou-o a ir a Constantinopla. Quando lá chegou, Flaviano o pressionou para aceitar os dogmas de um Concílio que os siríacos se recusavam a aceitar. Severos resistiu e Flaviano procurou condená-lo até mesmo à morte, porém, a esposa de Flaviano, a imperatriz Teodora alertou Severo da intenção da corte. Essa imperatiz, por sua vez, era filha de um padre siríaco da Igreja de Antioquia. Severo então conseguiu escapar ileso. Em seguida, o imeprador declarou vaga a cátedra de Antioquia e nomeou um patriarca que aceitava a forma como Roma e Bizâncio apresentavam a natureza de Cristo (conhecida como os dogmas do Concílio de Calcedonia).
Dezessete anos depois Sewerios voltou a Constantinopla e discutiu a questão com o patriarca de Constantinopla, Antímo (em aramaico é conhecido por Anthimos) o qual percebeu que o imperador Flaviano estivera errado e que Sewerios, durante todo esse tempo, mesmo perseguido, vilipendiado e injuriado, estava certo, porém, já não era mais possível erradicar completamente o “erro” e o cisma que permaneceria. Isso foi em 536 d.C.
No início de 538 d.C., Sewerios faleceu.