As primeira palavras do pequeno Kuryakos foram: "eu sou cristão". Filho da bela e piedosa Yulith (Julieta), descendente dos reis asiáticos, nascida em Icônio, na Ásia Menor, onde São Paulo e Barnabé fundaram uma igreja, são Kuryakos foi criado sob o exemplo da mãe, que logo cedo ficou viúva, e dedicava-se especialmente a ajuda aos pobres e a oração.
Quando são Kuryakos tinha apenas três anos de idade, o imperador Diocleciano iniciou uma ferrenha perseguição aos cristãos, o que fez sua mãe, junto dele e mais duas criadas, fugirem para Selêucia, na Síria e, depois, para Tarso, onde o apóstolo Paulo nasceu.
O tetrarca Romano Alexandros, igualmente cruel com os cristãos, mandou prender Yulith e Kuryakos, prometendo soltá-los caso negassem a Jesus Cristo. Diante da negação da mãe, o tetrarca interrogou o pequeno Kuryakos, que prontamente respondeu: "Seus ídolos são feitos de pedra e madeira; Meu verdadeiro Deus é Jesus Cristo". Ao ouvir isso sua mãe começou a gritar: "Eu sou uma cristã; adoro o verdadeiro Deus Jesus Cristo que fez o céu e a terra" e, ao ouvir sua mãe, Kuryakos começou a gritar também: "eu sou cristão! Eu sou cristão!"
Furioso, o tetrarca começou a torturar Santa Yulith e, mesmo assim, o pequeno Kuryakos não negava a Cristo. Diante disso, jogou a criança no chão, que bateu com a cabeça nos degraus de concreto e morreu na mesma hora. Vendo seu filho morto, Santa Yulith exclamou: "Obrigado, meu Senhor, porque Tu consideraste Kuryakos digno de receber esta coroa gloriosa. Peço-lhe agora que meu Salvador me leve também ...". Diante disso o tetrarca Alexandros mandou decapitá-la, e ao receber o martírio exclamava: "eu sou cristã! Eu sou cristã!".
Seus restos mortais foram recolhidos por suas criadas, que os esconderam em uma caverna perto de Tarso. Quando o imperador Constantino chegou ao poder, mandou construir uma Igreja onde os santos foram martirizado. Parte de suas relíquias estão no Mosteiro de Santa Maria, no vale de Nilo - Egito, onde há também uma Igreja dedicada aos santos.