No dia 23 de abril, no Oriente e no Ocidente, a Igreja celebra o Santo e Grande mártir São Jorge.
São Jorge foi aprisionado, espancado, esfolado por uma roda cheia de pregos, sepultado numa fossa, obrigado a correr calçando botas de ferro incandescente … e outros mais. Com a ajuda de Deus e dos seus anjos, Jorge saiu sempre vitorioso e incólume, revidando com respostas corajosas e cheias de fé aos seus perseguidores, muitos dos quais se convertem ao cristianismo.
Em algumas representações e especialmente nos ícones, o mártir Jorge aparece montado num cavalo, quase sempre branco, no ato de matar um dragão que está aos seus pés. Na cena de fundo é possível ver com freqüência, próximas de uma janela, algumas pessoas, entre as quais uma donzela destinada a ser vítima do monstro faminto, se não tivesse interferido o “Vitorioso. O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é destruída pelas armas da Fé. A jovem que São Jorge salvou representaria a região da qual ele combateu heresias e instalou a fé cristã.
O culto de São Jorge, ininterrupto no Oriente e bem cedo assumido também pelo Ocidente como símbolo de virtude intrépida, é muito difundido, quer na dedicação de igrejas e instituições, quer na piedade popular: desde Jerusalém, onde já no século VI existiam um mosteiro e uma igreja dedicados ao santo, até Bizâncio onde era venerado num orfanato; desde a Inglaterra, onde a famosa Ordem da “Jarreteira” é na realidade a “Ordem de São Jorge” e onde também o calendário anglicano conserva a festa, até a Rússia, onde a imagem do santo aparecia no brasão da cidade de Moscou, e onde desde a primeira introdução do cristianismo muitas igrejas e mosteiros lhe foram dedicados.23